28/09/2005

No desespero do gesto...

No desespero do gesto
Do acto à fúria do amor
Há um rompimento modesto
Entre o sofrimento e a dor

Não há amor sem tempero
E olhos mordendo o rosto
Nem recuos no desespero
Nem avanços no desgosto

E se no momento do acto
O acto passar a razão
Chegou o momento exacto
De passar do acto à acção

Pelo acto da partida!
Pela porta ou pelo ar!
Conseguirei entrar na vida
Onde a vida tiver lugar!

Rogério Simões 1975

1 comentário:

POETAROMASI disse...

Muito obrigado por ter escolhido e colocado a fonte num poema meu.
O poema encontra-se devidamente registado em Portugal na IGAC Inspecção-Geral das Actividades Culturais processo 2079/09.
Infelizmente é um caso raro. Cumprimentos.
Rogério Martins Simões
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt