25/07/2005

Nostalgia...

Repouso, breve, nos braços da solidão
Escuto, atento, toda a voz da amargura
Que, embargada, vai soltando com doçura
Toda a sabedoria que lhe dita o coração

Acordo, só, esmagado pela imensidão
Da ausência de alguém que traga a cura
Para tamanho nada que em nada murmura
Num tom grave que dói de pena na mão

Adormeço e acordo sempre na esperança
Que num acordar ou num adormecer sorria
Aquele sorriso ausente, que, amando, se envia

Acordo e adormeço preso na Lembrança
De qualquer gargalhada que dei em criança
Criança que apenas tinha esse riso que ouvia.

A. C.

Como pode alguém rodeado de tantas pessoas sentir-se tão só?
Pois é... Mas é verdade... Acredita que é verdade ...

2 comentários:

João Caldeira Heitor disse...

As melhores companhias nem sempre estão presentes.
Parabéns pelo espaço.
Beijinho

Unknown disse...

Pois... Mas o pior é quando estão todas ausentes, as presentes e as não presentes. Há momentos em que precisas de um pouco de atenção, de companhia... e não há ninguém!
Obrigada pelo comentário.
Beijinho